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terça-feira, 27 de julho de 2010

Com que música?

Olá! Falar em dança sem falar em música é impossivel. E falar em música quando se fala em BN (uma dança clássica) é falar em música carnática (música também clássica). Carnática pode ter surgido de Karnakata, estado ao sul da India. Lá, a música clássica se chama carnática, enquanto ao norte se chama hindustani. O cenário musical indiano é tão rico quanto suas tradições, lendas, deidades, linguas, religiões...são muitos séculos (ooops, milênios) de história, povos diversos, um colorido e complexo mosaico de arte, cultura, religião e conhecimento. Mas quando estamos falando de BN, a música é a carnática. Ah, então não se pode dançar qualquer música indiana? teoricamente não, na prática sim. Além da carnática, bhanjans e outras composições de fundo devocional e o que o talento e criatividade do artista conseguir criar também podem ser dançados. Tradicionalmente falando, porém, é na música carnática que se encontra o maior número de coreografias em BN. Especialmente Paddams, Varnams e Thillanas, que seriam "tipos" de composições.
Não me sinto qualificada o bastante pra falar teoricamente sobre música carnática, na verdade, sei bem menos do que gostaria. Sei o minimo pra conseguir acompanhar o ritmo (tala), a melodia (raga) e o tempo com decência. Com o pouco que aprendi, deu pra sentir a complexidade desta música, que é bastante precisa, pura matemática. Tampouco quero mostrar o que sei a respeito. Quero mesmo falar sobre uma característca comum a música clássica indiana, seja ela do norte ou do sul: o poder de alterar estados de consciência. É uma música muito poderosa, e sendo clássica, o nome já diz, não é fácil de ser apreciada. A música está ali, pronta, maravilhosa, mas será que nós estamos prontos pra recebê-la e compreender sua real dimensão? Certamente ela alcança e enriquece nosso mundo interior (e nosso ambiente) com vibrações específicas (e benéficas), não é algo dizível, explicável. Muitas vezes ao estudar/escutar música carnática (na prática de BN isso também acontece) tive a nítida impressão de estar em um mundo a parte, perfeito e belíssimo, e quando ao lembrar das minhas atividades cotidianas, ficava aquele pensamento: "Agora tenho que voltar pro meu mundinho e voltar pra minha vidinha, porque não posso ficar aqui, lidando com a beleza poética criada por estes seres maravilhosos? Bem, aconselho dar uma atenção especial a música indiana, incorporá-la no seu dia a dia seria altamente inteligente e sensato. Espero já ter dado uma dica do porquê.
Faltou falar muita coisa, sobre a Trindade Sagrada, sobre as composições, mas pretendo preparar mais um post sobre música. Em breve!
Namaskar!

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