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quarta-feira, 10 de março de 2010

Autocrítica

Namastê!
Algumas pessoas tem me acusado de ser conservadora e radical. Relendo alguns posts mais antigos acabo de me dar conta que realmente escrevo com este tom. Em outros momentos, pareço também pessimista e negativa, dizendo que na dança clássica indiana, só são artistas mesmo os indianos e aqueles que fazem tudo exatamente como estes. Parece que não ser indiano impossibilita a pessoa de praticar esta dança. E não é assim que penso. Existem muitos bons artistas não indianos. Nem todo artista/ bailarino indiano é maravilhoso. Queria esclarecer. Penso que indianos sabem melhor o que é aceitável e inaceitável em sua própria cultura, não indianos, podem ter dificuldade em identificar algumas coisas. Queria dizer ainda que tenho tamanho respeito pela cultura e tradição indiana, mas não acredito que a dança sobreviveria todos estes anos (aproximadamente 2000) se muitos artistas não tivessem adaptado, inovado, criado algo além. Enfim, não tivessem feito BN evoluir e se espalhar pelo mundo a fora. O que ainda insisto, porém,  é no cuidado que devemos (nós,estrangeirtos) ter quando inovamos/criamos algo: não se deve jamais fazer algo desrespeitoso em relação a cultura do outro. Assim, simplesmente. O que não é tão simples assim. Acho até que já falei isso aqui. Fazendo uma analogia (mais uma?!) é como falar outra lingua, nossa segunda lingua. Podemos falar perfeitamente, sabemos gramática, vocabulário, pronuncia, mas estamos bastante expostos ao risco do erro pragmático. E sempre foi esta a minha preocupação.
Agradeço as criticas e espero por elas. Sempre nos fazem repensar e tentar buscar mais coerencia para aquilo que dizemos. Ás vezes o problema não é o que a gente diz, mas como a gente diz.

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